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2015.01.07_missajubileu e envio (79)
Padres Norberto (ao centro) e José Roberto de Oliveira, no dia
da celebração de envio

O padre Norberto Savietto (ao centro da foto), natural da diocese de Jundiaí (SP) e membro do Projeto Missionário entre os regionais Sul 1 – Norte 1 da CNBB, nos conta o inicio da sua caminhada missionária na Diocese de Roraima.
Ouvimos em todo o mês de fevereiro muitas coisas sobre as missões, com testemunhos de vida de muitos missionários ao longo da história. Aprendemos como devem comportar-se os missionários que estão chegando. No início eles devem apenas observar, se aproximar e se inculturar, fazendo-se assim solidários com a vida do povo. Aos poucos é que eles irão colocar suas experiências de vida e, juntos com as comunidades, estabelecerão os objetivos e enfrentarão os desafios. Tudo deve ser feito calmamente e sob a luz do Espírito Santo.
Ao longo de todo esse tempo de preparação, em um determinado dia, o programa era visitar as casas de todos os missionários das periferias de Boa Vista, capital de Roraima. Visitamos mais ou menos umas 10 casas. A maioria são casas religiosas de padres e de irmãs. Dom Roque, o Bispo Diocesano de Roraima, contava um pouquinho quando eles ou elas tinham chegado e os trabalhos que realizavam, e, em seguida, pedia para os missionários da casa fazerem uma oração e uma bênção. O que me chamou muito a atenção é que todos, sem exceção, acolheram com alegria a chegada dos novos missionários (éramos um grupo de 10). Deu ali para perceber claramente que a luta do dia-a-dia dos missionários é muito intensa e que os desafios são maiores do que a capacidade deles. Por isso a grande alegria de estarem recebendo um reforço, um apoio, vendo assim novas perspectivas de evangelização em um local tão difícil e carente.
Muitas vezes nós, na correria e agitação de nossas vidas, não conseguimos olhar de lado e ver mais longe para perceber as dificuldades dos outros. Pode passar em nossas mentes, como que num chavão, que cada um deve enfrentar suas próprias dificuldades. Certamente que todos nós temos problemas e desafios a enfrentar, mas são de dimensões bem diferentes. É por isso que devemos ser solidários. Eu demorei bastante para perceber isso, mas graças a Deus, às fortes palavras do Papa Francisco e do testemunho de vários missionários, principalmente os da Missão Belém, me senti impelido a sair para uma missão diferente. Que Deus, através da ação do Espírito Santo, continue chamando muitas pessoas para os vários tipos de missão.
Pe. Norberto Savietto, além de ser missionário, pertence ao clero da diocese de Jundiai  e atua em Roraima pelo Projeto Missionário Sul 1 – Norte 1

 O Regional  agradece à Diocese de Jundiaí a cessão do conteúdo.