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Sacerdote paulista que atuou em Moçambique partilha realidade africana e lança livro do relato missionário

Pe. Salvador da Diocese de Guarulhos, fala sobre sua experiência missionária na África e incentiva os particiantes da 43ª Assembleia das Igrejas Particulares a viver uma missão de fé em suas paróquais e comunidades.

Dentro das atividades da 43ª Assembleia das Igrejas Particulares (AIP), realizada entre os dias 14 e 16 de outubro, em Aparecida (SP), onde o tema central “Comunidades Eclesiais Missionárias numa Igreja Sinodal” foi tratado amplamente, o testemunho do Pe. Salvador Maria Rodrigues de Brito teve destaque.

Dom Edmilson Amador Caetano, bispo diocesano de Guarulhos (SP) e vice-presidente do Regional Sul 1, falou sobre os projetos missionários apoiados pela entidade na Amazônia e em Moçambique, e pediu para que os bispos presentes continuassem apoiando as iniciativas. “No Regional temos procurado estreitar o contato com nossos missionários em Pemba e na Amazônia, para acompanha-los e cooperarmos nos desafios diversos enfrentados por eles.

Enviado para Pemba, Moçambique, há cinco anos, por meiodo Projeto de Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, mantido pelo Regional Sul 1 da CNBB, Pe. Salvador levou para a AIP sua experiência de ter sido um missionario Ad gentes na diocese, que, abrange toda a Província de Cabo Delgado e faz fronteira com as duas outras Províncias do Norte do país: Nampula e Niassa.

Usando uma histórinha lúdica, chamou a atenção de todospara um problema que atinge muitas comunidades paroquiais: o comodismo; e enfatizou sobre a importância da volta de uma Igreja original: “precisamos voltar a ser a Igreja dos joelhos no chão, aquela Igreja que ora pedindo o dom do Espírito Santo, uma Igreja-Comunidade, que reza e crê no que reza”.

Destacando as experiências vividas, ressaltou que é preciso recuperar a dimensão da “mística” missionária dentro das comunidades: “A missão requer animo. Muitas vezes o desastre na evangelizaçao acontece, porque perdemos a consciência de que somos animadores da fé e nos preocupamos mais em fazer eventos e multiplicá-los para angariar fundos, nos preocupando menos com a animação pastoral evangelizadora”.

A Igreja é Missão

Incentivando os participantes a replicarem a evangelização efetiva falou sobre como amadurecer e formar discípulos mais missionários e proféticos nas paróquias e comunidades: “No cenário atual, precisamos recuperar o equilbrio, recuperar a essencia primordial daquilo que substanciamente é insusbistítuivel para formar as comunidades de fé”.

Afirmar que Igreja é missão implica em uma consciencia  missionária acordada, a missão nas pastorais e movimentos, consistem chamar, unir, irmanar e congregar as pessoas ao redor de Cristo.

Uma missão de fé

Deixando alguns questionamentos sobre como seriam as dioceses, paróquias, comunidades e até mesmo o Vaticano, se a busca pelo Reino de Deus e sua justiça fossem postos em prática, lembrou que: “Deus é invisivel, Deus é Espírito, e deve se “materializar”em casa pessoa, é preciso viver Deus na coisas materiais e visívies que se pode fazer pelo próximo”.

O sacerdote retornou ao Brasil em novembro de 2020, por motivos de saúde, e lançou em 2022 o livro: Uma missão de fé – Que transformou para sempre a minha cosmovisão; que, além dos relatos sobre as missões, também trata de questões geográficas, culturais, políticas, sociais, religiosas, pastorais, dentre outras relacionadas ao continente africano.

Pe. Salvador pertence ao clero da Diocese de Guarulhos, tem 38 anos e mais de uma década de sacerdócio e atualmente é pároco da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no JardimFortaleza, São Paulo.

16 de outubro de 2022