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1404319794Ontem, 16 de julho, o arcebispo de Ribeirão Preto dom Moacir Silva (foto) celebrou seus 60 anos de vida. Ao tomar posse canônica, em 23 de junho do ano passado, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, o 8º arcebispo de Ribeirão Preto, dom Moacir Silva, pediu aos fiéis para rezarem pelo seu pastoreio: “Venho com alegria, pois tenho certeza de que esta é a vontade de Deus para mim neste momento de minha vida. Venho com a disposição de doação total de mim mesmo a esta missão. Eu não me pertenço. Assumo esta missão, firmado na graça de Deus que jamais falta. Rezem por mim para que eu não atrapalhe a ação de Deus”, foram as palavras pronunciadas por dom Moacir na homilia da posse. E, como diocesanos, continuamos rezando por nosso pastor. Um primeiro ano de muitas realizações, da graça de Deus presente em nosso meio. Uma Igreja Particular de 106 anos desejosa da renovação e atenta aos sinais dos tempos para na conversão pastoral ser presença do Cristo Ressuscitado.
Neste primeiro ano de episcopado, uma das principais características de dom Moacir Silva tem sido a presença constante nas atividades da Igreja arquidiocesana. Com uma agenda intensa dom Moacir já visitou quase todas as 85 paróquias da arquidiocese e acompanhou reuniões com o clero, leigos, pastorais, serviços e movimentos. A presença do arcebispo anima e motiva os diocesanos que encontram em seu pastor o testemunho de uma Igreja que não está parada e que começa a dar os primeiros passos para a realização da 14ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral.
Em entrevista o arcebispo dom Moacir Silva avalia o primeiro ano de episcopado na Arquidiocese de Ribeirão Preto.
Igreja-Hoje – Como o senhor avalia o primeiro ano de ministério episcopal na Arquidiocese de Ribeirão Preto?
Dom Moacir -Primeiramente, ressalto a boa acolhida que tive por parte de todos; isso me fez sentir muito a vontade para iniciar o meu ministério aqui. Um ano de bastante trabalho, a começar pelo conhecimento das pessoas, das realidades, dos valores aqui presentes, dos desafios da evangelização. Foi muito importante a visitas às foranias; isso marcou o primeiro encontro com a maioria dos fiéis; foram momentos muito ricos de encontros com os fiéis, com os padres e diáconos, com as lideranças, com as forças vivas de nossa Arquidiocese. Posso dizer que foi um ano muito positivo; estou feliz com isso.
IH – Como está sendo o convívio com os padres, as comunidades paroquiais e todo o povo de Deus presente nesta Arquidiocese?
Dom Moacir -O convívio com os padres está sendo muito bom; estamos nos conhecendo mutuamente; e quanto mais nos conhecermos o convívio vai se tornando mais rico; e tal convívio resulta em beneficio da ação evangelizadora. O contato com as comunidades paroquiais esta sendo uma riqueza; já estive em quase todas as paróquias para as crismas, novenas e festas de padroeiros; isso tem possibilitado o contato mais direto do Bispo com os fiéis e dos fiéis com o Bispo e isso é muito bom.
IH – A Arquidiocese está em fase de avaliação e preparação para a 14ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, em 2015. Que urgências e desafios sobressaem nesta preparação?
Dom Moacir -Creio que o grande desafio é olhar bem a nossa realidade eclesial/evangelizadora e confrontá-la com o programa que o Papa Francisco apresenta para a Igreja inteira, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium e demais pronunciamentos, especialmente o discurso para os Bispos do Brasil, no dia 27 de julho de 2013, e no discurso ao CELAM, no dia 28 de julho de 2013, por ocasião da Jornada Mundial de Juventude, no Rio de Janeiro. O que o Papa Francisco quer para a Igreja? Esta é uma pergunta que deverá estar presente na preparação e realização de nossa 14ª Assembleia.
IH – Que avaliação o senhor faz dos trabalhos da 52ª Assembleia Geral da CNBB, de 30 de abril a 9 de maio, em Aparecida?
Dom Moacir -Foram dez dias de intenso trabalho, dez dias de oração, reflexão e convivência fraterna entre os Bispos do Brasil; foi um tempo rico de partilha de preocupações, de sonhos e de realizações. Nosso tema central foi: “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia – A conversão pastoral da paróquia”, agora publicado como Documento da CNBB nº 100. Este documento deve orientar as paróquias do Brasil. Em nossa Arquidiocese, os padres e diáconos estão recebendo este documento para estudo pessoal e, nos dias 10 e 11 de setembro, na Casa Dom Luís, como clero arquidiocesano estudaremos o referido documento.
IH – Em 7 de junho passado celebramos os 106 anos de criação da Diocese de Ribeirão Preto. Que mensagem o senhor deixa para os nossos arquidiocesanos?
Dom Moacir -Primeiramente parabenizo todos os fiéis que fazem parte desta Igreja centenária, pela história que já escreveu nesta região. Minha mensagem identifica-se com o sonho do Papa Francisco: “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação” (Evangelii Gaudium, 27). Sejamos cada vez mais uma Igreja “em saída”.
Fonte: Site da Arquidiocese de Ribeirão Preto