O arcebispo emérito de São Paulo Cardeal Paulo Evaristo Arns celebra 93 anos de vida neste domingo, 14, Festa da Exaltação da Santa Cruz.
5º arcebispo e 3º cardeal de São Paulo, Dom Frei Paulo Evaristo Arns, nasceu em Forquilhinha, Criciúma (SC), em 14/9/1921. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1939. Foi presbítero a 30/11/1945 em Petrópolis (RJ).
Frequentou a Universidade Sorbonne de Paris, onde laureou-se em patrística e línguas clássicas.
Trabalhou como vigário nos subúrbios de Petrópolis, onde era amigo das crianças e dos pobres dos morros, quando foi nomeado bispo auxiliar de dom Agnelo Rossi, no dia 2/5/1966 e sagrado em 03.07.1966, como bispo titular de Respecta.
Atuou intensamente na Região Norte de São Paulo. Foi nomeado Arcebispo de São Paulo no dia 22/10/1970, tomando posse em 01/11/1970.
Dom Paulo foi criado cardeal pelo papa Paulo 6º no consistório de 5/3/1973, com o título de Santo Antônio na Via Tuscolana. Assim que assumiu a Arquidiocese incrementou fortemente a participação dos leigos nos passos do Concílio Vaticano II. Realizou a Operação Periferia e assumiu destemida defesa dos direitos humanos constantemente violados pela ditadura militar.
Dom Paulo é autor de 56 livros e recebeu mais de uma centena de títulos nacionais e internacionais..
Na ocasião da comemoração de seus 65 anos de sacerdócio, em 2010, o arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, falou a respeito de seu predecessor:
“O lema episcopal de dom Paulo – ex spe in spem (‘de esperança em esperança’) marcou o exercício do seu ministério; mesmo em tempos difíceis, animado pela esperança, ele continuou firme na promoção daquilo que a fé ensina e o amor exige, animando também a comunidade arquidiocesana a caminhar e agir na esperança. Essa, de fato, é a atitude própria da Igreja de Cristo, que não esmorece no anúncio do Evangelho, mesmo quando os frutos não aparecem imediatamente, ou quando ela precisa ir contra a corrente e a cultura dominante. ‘A esperança não decepciona’, afirma o Apóstolo, pois, mais do que na capacidade humana, ela está firmemente fundada em Deus. Falamos da esperança, virtude teologal, recebida como dom do Espírito Santo no Batismo, junto com a fé e a caridade.”
