A Província Eclesiástica de Aparecida realizou, no dia 8 de novembro, a 46ª Assembleia Provincial 2025, na Arquidiocese de Aparecida. O encontro foi marcado por comunhão, escuta e discernimento, reunindo bispos, padres, religiosos e leigos de todas as dioceses da Sub-Região Aparecida. Em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2023-2027), a assembleia reafirmou o compromisso de ser uma Igreja viva, sinodal e missionária, que caminha com o povo de Deus e busca renovar continuamente sua ação pastoral.

A abertura foi conduzida por Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, e Dom Wilson Angotti, bispo de Taubaté e referencial da Província Eclesiástica de Aparecida, que acolheram os participantes com palavras de esperança e unidade. Em sua fala inicial, Dom Wilson destacou a importância das diretrizes para iluminar o percurso pastoral das dioceses:

“As diretrizes nos ajudam a compreender como viver o Evangelho nas realidades concretas de nossas comunidades. Cada Igreja, em sua particularidade, é chamada a assumir, adaptar e colocar em prática este caminho de comunhão e missão. Nossa assembleia é preparativa, um passo importante para que, como Província, possamos caminhar juntos, discernindo o que o Espírito pede de nós hoje.”

A formação central da assembleia foi conduzida pelo Pe. Antônio Manzatto, que trouxe reflexões profundas sobre o ser e o agir evangelizador. Inspirado no Objetivo Geral da Ação Evangelizadora, destacou que evangelizar é anunciar Jesus Cristo como Igreja peregrina e sinodal, fundada na Palavra, nos sacramentos e no testemunho de fé, esperança e caridade.

O sacerdote reforçou o chamado a formar comunidades de discípulos missionários, valorizando a piedade popular, sendo fiéis à opção preferencial pelos pobres, cuidando da Criação e caminhando rumo à plenitude do Reino.

Durante sua exposição, Pe. Manzatto afirmou:

“Comunidade não é um lugar geográfico, mas uma maneira de ser discípulo de Jesus Cristo. Ser comunidade é viver a concretização histórica do Reino, onde cada discípulo se reconhece irmão e caminha com o Mestre.”
“A Igreja é Povo de Deus, e a sinodalidade está a serviço da missão, sendo caminho de escuta, partilha e corresponsabilidade.”

A assembleia também foi um espaço de avaliação e discernimento. A provocação —
“O que fizemos em 2025 para renovar a nossa Igreja?” — orientou as partilhas e trabalhos em grupo.
Pe. Manzatto destacou que a sinodalidade é profecia social, expressão de uma fé comprometida com a justiça e com os pobres:

“Os pobres estão no centro de toda a atividade pastoral. Estar com eles é fazer e criar comunidades entre eles.”

A espiritualidade permeou todo o encontro. “Somos peregrinos, porque estamos a caminho”, recordou o sacerdote, reforçando que ser Igreja peregrina é deixar-se conduzir pelo Espírito, “alargando a tenda”, indo ao encontro, acolhendo e celebrando em comunhão:

“Quem preside é o padre, mas quem celebra é a comunidade.”

Com esperança renovada, a 46ª Assembleia reafirmou o compromisso da Arquidiocese de Aparecida e das dioceses de Caraguatatuba, Lorena, Taubaté e São José dos Campos de serem uma Igreja sinodal, missionária e servidora, que forma comunidades vivas, próximas dos pobres e comprometidas com o Reino de Deus.