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Foram seis conferências que abordaram temas atuais sobre o Magistério da Igreja, cultura e comportamento. Na sexta-feira à noite, dom João Bosco Barbosa de Souza, bispo da Diocese de Osasco e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Familia, discorreu sobre o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, que foi o tema da assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em 2015. O bispo apresentou as referências históricas e documentais que resultaram na composição da exortação apostólica pós-sinodal lançada em 19 de março e publicada em 8 de abril de 2016, Amoris Laetitia.
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No sábado, o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer falou propriamente sobre a exortação, indicando diversos pontos de ação pastoral e o quanto o documento, que nada tem de novidade, aponta para um cuidado de pastor com os que já estão inseridos na Igreja e sobre como é importante acompanhar, discernir e integrar a fragilidade, como afirma Papa Francisco. Dom Odilo ainda apontou algumas situações onde essa caridade pastoral pode ajudar as pessoas a fazer a experiência do encontro com Cristo.
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Ainda na manhã do sábado, monsenhor Moacir Silva Arantes, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, e recém nomeado bispo auxiliar para a Arquidiocese de Goiânia, apresentou o tema “Por uma Pastoral Familiar em saída, alinhada com a Misericórdia do Pai”. Ali ele apresentou os diversos aspectos do trabalho que atualmente a Pastoral realiza e que novas atividades ou atitudes deverão ser tomadas para que efetivamente os serviços pastorais para as famílias atinjam seu objetivo.
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Após o almoço, duas conferências trataram sobre cultura e comportamento. O casal André Kawahala e Rita Massarico Kawahala, agentes de formação do NUFESP – Núcleo de Formação e Afetividade da Pastoral Familiar do Regional, abordaram o tema “A família e as novas mídias”, onde apresentaram um panorama sobre a tecnologia, a Internet e as Redes Sociais e quais seus impactos sobre a cultura familiar e o comportamento pessoal dos membros de uma casa. Falaram sobre as luzes e sombras que hoje incidem sobre cada família e que atitudes os pais devem tomar para bem aproveitar os avanços tecnológicos e virtuais, sem se perderem no meio do turbilhão desse novo ambiente de comunicação. Já o casal Thiago Simpliano da Silva e Ana Paula do Couto Simpliano falaram sobre um tema que sempre assombra os lares: “Família, dependência química, causas e encaminhamentos”. Thiago apresentou os diversos tipos de drogas, falou sobre as reações e também sobre como identificar se um membro da família está fazendo o uso de drogas. Falou sobre as reações, mas frisou que cada caso é diferente. Falou sobre sua experiência com o vício, pois ele mesmo é um dependente químico em tratamento, e sobre o trabalho que desenvolve no Instituto pe. Haroldo, em Campinas. Ana Paula deu seu testemunho de caminhada junto com Thiago.
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No domingo, a última conferência, realizada por pe. Paulo Afonso Alves Sobrinho, sacerdote da Diocese de Guarulhos e professor da Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, abordou o Motu Próprio Mitis Iudex Dominus Iesus, que fez alterações nos cânones referentes ao Tribunal Eclesiástico e deu novas determinações para o atendimento dos processos de pedido de declaração de nulidade do Sacramento do Matrimônio. O sacerdote descreveu os passos de um processo como um todo e foi apontando as diferenças que o documento trouxe para esse trabalho.
A coordenação da Pastoral Familiar, antes do encerramento dos trabalhos anunciou que a sub-região Ribeirão Preto 2 (RP2) acolherá o XX Congresso da Pastoral Familiar. A equipe que organizou o evento em Ribeirão Preto entregou a imagem peregrina da Sagrada Família aos representantes do RP2, que a levarão consigo até 2018, quando será realizado o evento. Em 2017 não haverá Congresso no Regional devido à realização do XV Congresso Nacional que será realizado em Cuiabá (MT).
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O encontro foi encerrado com a celebração da missa presidida por dom Paulo Roberto Beloto, bispo da Diocese de Franca e concelebrada por dom Emílio Pignoli, bispo emérito da Diocese de Campo Limpo e referencial da Pastoral Familiar do Regional Sul 1; por dom Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto e os demais padres presentes.
Texto e Fotos: Pastoral Familiar do Regional Sul 1
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