Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

História dos Projetos Missionários

O Projeto Missionário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é uma iniciativa que busca promover e fortalecer a missão evangelizadora da Igreja Católica no país, especialmente entre as populações mais carentes e marginalizadas. O projeto foi criado há mais de 25 anos e tem como objetivo estimular a cooperação e a solidariedade entre as dioceses e paróquias do país, incentivando ações missionárias conjuntas.

O projeto é realizado em três etapas. A primeira etapa é a preparação, na qual são promovidos encontros e formações para os missionários e missionárias que vão atuar nos locais escolhidos. Na segunda etapa, os missionários são enviados para as áreas de missão, onde desenvolvem atividades pastorais e sociais em conjunto com as comunidades locais. A terceira etapa é a avaliação, na qual são feitas análises e reflexões sobre as experiências vividas pelos missionários e as comunidades atendidas.

O projeto conta com o apoio de diversas entidades católicas, como a Cáritas Brasileira, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB. As experiências missionárias são realizadas em diferentes regiões Amazônicas do Brasil como também em Moçambique na África, levando a mensagem do Evangelho e promovendo a solidariedade e o desenvolvimento humano integral das comunidades atendidas.

Amazônia

 “Uma Igreja em estado permanente de missão nos interpela… à missão ad gentes, dando ‘de nossa pobreza’ (Documento de Puebla, n. 368), em outras regiões e além   fronteiras. Uma Igreja particular não pode esperar atingir a plena maturidade eclesial para, só então, começar a se preocupar com a missão para além de seu território. A maturidade eclesial é consequência e não apenas condição de abertura missionária” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011 – 2015, n. 84).

O projeto missionário Sul 1 – Norte 1 teve início em 1994 como resposta ao Sínodo da Amazônia” dos Bispos das Regiões Norte. Em 1996, foram enviados missionários, quatro religiosas de diferentes congregações para a Arquidiocese de Manaus. A partir daí, a cada ano, foram enviados missionários e missionárias do Estado de São Paulo os quais abriram frentes de missão em outras dioceses e prelazias ou sucederam os que regressavam.

Há uma equipe no Regional Sul 1 que acompanha todo o processo de preparação para o envio, mantendo contato permanente com os missionários que estão em missão. Uma vez por ano, uma pessoa da equipe visita os missionários e os Bispos onde estão presentes. Percebe-se um crescimento na comunhão fraterna entre o Sul 1 e o Norte 1 em meio a partilha generosa do Sul 1 que envia e mantêm seus missionários e no Norte 1 que nos ajuda no despertar da consciência missionária da Igreja e no compromisso efetivo com aqueles que mais necessitam da sua presença.

 Conquistas e Realizações:

– O Projeto já enviou mais de 70 missionários e missionárias entre padres, religiosas e leigas.

– Além do envio, o Projeto prepara os missionários e missionárias, através de um curso de formação no Centro Cultural Missionário – CCM, em Brasília (DF) instituição mantida pela CNBB e especializada na área da missiologia.

Atualmente, quatro padres integram o Projeto Missionário Sul 1- Norte 1 graças à dedicação e grande envolvimento à época, de Dom José Maria Pinheiro, Ir. Xavier e Equipe de Coordenação na Missão da Amazônia, o Projeto Missionário Norte 1, produziu muitos frutos nos caminhos da evangelização.

 

 

África

O que era antes um sonho, tornou-se realidade: a parceria missionária entre o Regional Sul 1 da CNBB e a Diocese de Pemba, situada ao norte de Moçambique. Missionários são enviados em três áreas pastorais na Diocese

O desejo de um projeto no continente africano teve início em 2015, quando o bispo diocesano de Pemba, Dom Luiz Fernando Lisboa, cp, fez um apelo ao episcopado paulista para que as Igrejas do Regional Sul 1 cooperassem com aquela Diocese. Este foi oficializado em junho de 2016, quando, reunidos em Assembleia Regional, os bispos acolheram o pedido de ajuda à Igreja na África. Em abril de 2018, foram dados os primeiros passos com o processo de conscientização missionária, campanhas de ajuda solidária e o envio dos primeiros missionários e missionárias.

Atualmente, quatro tem havido uma reaproximação entre as duas missões (Amazônia e Pemba) e vários projetos comuns estão sendo realizados, os missionários estão em três áreas de missões, nas aldeias de Nangade, Mazeze e Metoro.

Atualmente quatro missionários integram a Missão Pemba entre eles: dois padres e  dois leigos.

                                         

Breve histórico da Diocese de Pemba

Criada em 1957, com uma área de cerca de 82.625 quilômetros quadrados (quase do tamanho de Portugal) e localizada ao norte de Moçambique, a Diocese de Pemba abrange toda a Província de Cabo Delgado, que faz fronteira ao norte com a Tanzânia e ao sul com Nampula.

Moçambique é um dos países mais pobres do continente africano, e a Província de Cabo Delgado é uma das suas regiões mais carentes com uma população de dois milhões, trezentos e quarenta mil habitantes.

Estima-se que 30% da população seja católica, entre 20% e 22% muçulmanos, e quase metade da sociedade local (cerca de 48% a 50%) tenham religiões tradicionais africanas.

 

CRITÉRIOS PARA SER UM MISSIONÁRIO

  1. Tenha experiência missionária e esteja ligado à missão paroquial ou diocesana. Não tendo experiência paroquial ou diocesana, para ser enviado é necessária uma caminhada de integração no Conselho Missionário Diocesano (COMIDI)
  2. Para ser enviado é necessária a aprovação do pároco e/ou do bispo local.
  3. Seja uma pessoa de fácil relacionamento e esteja de bem com a sua comunidade de origem.
  4. Esteja disposto a viver em comunidade mista e saiba trabalhar em equipe.
  5. Tenha boas condições de saúde física e mental.
  6. Tenha conhecimento de ao menos uma das três áreas de atuação da Missão: evangelização, educação e saúde.
  7. Possua um curriculum de boa conduta.
  8. Tenha clareza da sua vocação cristã.
  9. Tenha maturidade humana afetiva.
  10. Idade mínima 25 anos e no máximo 65 anos.
  11. É obrigatória, mesmo padres e religiosos, a participação do curso de formação de missionários ad gentes no CCM (mês de agosto), como preparação imediata.
  12. Antes de partir definitivamente para a estadia longa é necessário antecipadamente um período de experiência no local para conhecer a realidade e a partir dessa realizar o discernimento. As despesas desta viagem ficam por conta da paróquia e/ou diocese ou da própria pessoa.
  13. O missionário tenha consciência que está indo para uma região onde há muitas doenças já erradicadas no Brasil.
  14. A partir do regulamento interno, os missionários devem adaptar-se aos orçamentos previstos para a subsistência da missão, e como comunidade fraterna, usando de prudência nos gastos comunitários.
  15. Adaptar-se ao orçamento pessoal previsto na missão, usando de prudência nos gastos pessoais.
  16. Responsabilidades jurídicas, conforme Termo de convênio com o Regional Sul1.
  17. Responsabilidades civil, conforme Termo de convênio com o Regional Sul1.
  18. Responsabilidade pastoral, o missionário deve estar em íntima relação com o regulamento interno.
  19. Responsabilidade, quanto ao Plano de Saúde, e ao INSS, conforme Termo de convênio com o Regional Sul1.
  20. Que o missionário observe os direitos e deveres em relação à Igreja Católica, conforme Termo de convênio com o Regional Sul 1.
  21. Se algum missionário tiver problemas de relacionamento e não poder continuar mais na Missão será comunicado ao Bispo responsável pela Missão na Amazônia ou de Pemba se estiver o missionário na África (ou seu sucessor), que de comum acordo com o bispo referencial da Missão no Regional Sul 1, tomará as devidas providências.
  22. O mesmo acontecerá se algum missionário não se comportar corretamente segundo o esperado na missão, manifestando atitudes não condizentes com a vida de missionário.
  23. Haverá um regimento interno que elegerá um coordenador (a), um tesoureiro (a) e um secretário (a) entre os missionários estáveis.
  24. Seja uma pessoa apaixonada pela missão.
  25. Enfim, esses critérios enumerados poderão ser analisados caso a caso.