Motivados pelas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Ribeirão Preto (2015-2019) e incentivados pelo arcebispo, dom Moacir Silva, e padre Luís Gustavo Tenan Benzi, coordenador de pastoral, agentes estiveram reunidos em meados do começo de outubro, na sede do Centro Arquidiocesano de Pastoral, na região central de Ribeirão Preto, para retomarem suas reuniões, atividades e articulação da Pastoral Afro-Brasileira na arquidiocese com a primeira reunião de Estudos e Planejamento.
Breve histórico da Pastoral Afro– Em 1988 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoveu a Campanha da Fraternidade sobre o negro com o tema: “Fraternidade e o Negro” e o lema: “Ouvi o clamor deste povo” (Ex 3, 7), no contexto das reflexões e da memória do centenário da Abolição da Escravatura no Brasil (1888-1988), assinatura da Lei Áurea pela princesa Izabel, em 13 de maio de 1888. Muitas outras iniciativas já vinham sendo realizadas por grupos, movimentos e irmandades, antes mesmo da CF-1988, mas a partir daí as dioceses no Brasil incentivaram e a apoiaram a articulação dos agentes da Pastoral Afro-Brasileira.
Caminhada na Arquidiocese – Na arquidiocese de Ribeirão Preto, já no início do pastoreio de Dom Arnaldo Ribeiro (1989-2006), tiveram início as reflexões e celebrações com elementos da cultura afro. Os padres Nilton Elias Barros (in memoriam), João Rípoli, Estevão Remy Bruyland, Francisco Vannerom, foram os primeiros a acolher as celebrações em suas comunidades.
E assim formou-se, em 1995, o grupo de agentes de Pastoral Afro-Brasileira na arquidiocese com a organização de encontros arquidiocesanos e participação em encontros no Regional Sul1 e no Nacional. Em 1997, o padre Toninho (in memoriam) e os agentes da Pastoral da arquidiocese São Paulo coordenaram uma formação para os agentes da arquidiocese Ribeirão Preto no seminário Maria Imaculada, em Brodowski. O padre Flávio Rosa e outros padres representaram a arquidiocese nos encontros do Instituto Mariama (IMA): Associação de Bispos, Presbíteros, e Diáconos Negros do Brasil.
Celebração – No Jubileu do Ano 2000, dom Arnaldo Ribeiro, presidiu a celebração do Jubileu dos Negros na Catedral Metropolitana com a participação do clero e grande números dos fiéis.  Dom Joviano de Lima Júnior, SSS, (2006-2012), presidiu na paróquia Santa Rita de Cássia das Palmeiras, em 20 de novembro de 2006, a celebração do dia da Consciência Negra. O arcebispo Dom Moacir Silva, em 20 de novembro de 2015, presidiu na Catedral Metropolitana a Missa com elementos da cultura afro; e em outras paróquias e comunidades o povo continua se reunindo para celebrações no Dia da Consciência Negra.
Motivação – Em artigo publicado no site da CNBB, “Ouvi o clamor deste povo”, dom Roberto Francisco Ferrería Paz, bispo da diocese de Campos (RJ), diz: “Trinta anos se passaram e, na atual Campanha da Fraternidade, no texto base no nº 74, se afirma: A violência racial no Brasil é uma situação que faz supor uma forte correlação entre as três formas de violência: direta, estrutural e cultural. Os casos de violência direta parecem ser o resultado mais concreto e evidente de questões socioeconômicas históricas, além de deixarem entrever representações culturalmente produzidas e já naturalizadas a respeito da população negra, do índio, dos migrantes e, mais recentemente, também do imigrante. O que podemos salientar é que embora tenhamos avançado em políticas públicas afirmativas dos direitos dos irmãos (ãs) negros(as), e ampliado os espaços de participação e articulação eclesial e pastoral, a exclusão e a desigualdade são ainda uma dívida e uma brecha profunda que deixa essa população a mercê da intolerância e da injustiça. Que o Deus da misericórdia e da inclusão fraterna nos estimule a construir e edificar uma sociedade sem violência e sem discriminações odiosas. Vós sois todos irmãos!”
Contato da Pastoral Afro na Arquidiocese de Ribeirão Preto:
Diácono Flávio Aparecido Livotto
Agente da Pastoral Afro-Br
[email protected]
Com informações da Arquidiocese de Ribeirão Preto